terça-feira, 4 de março de 2014

Quem sou eu?


Eu sou eu


    EU SOU EU. Sou única no mundo. Não há ninguém igual a mim, que pense como eu penso, que sinta como eu sinto, que aja como eu ajo. Sou diferente de todos os outros, acabando por ser estranha. Por ser tão original na maneira como sou, as pessoas consideram-me incompreensível. Não percebem porque faço algo ou reajo de uma certa forma, chegando a interpretar erradamente as minhas atitudes. Não me importo com o que os outros pensam de mim. Não nasci para agradar a ninguém, à exceção de mim própria. Se eu não gostar de mim, quem gostará?

    Não tenho apenas uma maneira de ser. Sou mil e uma pessoas ao mesmo tempo. Penso inúmeras coisas, por vezes contraditórias. Uma parte de mim necessita de carinho, atenção, amor e que se preocupem comigo, enquanto outra quer ser autónoma, independente, sem precisar de ninguém para a ajudar. Sou um pouco bipolar. Neste momento, posso estar bastante empenhada a escrever esta composição, mas, numa questão de segundos, posso perder todo o interesse por este trabalho. Não sou perfeita, sou imprevisível.

    Não acredito no destino. Sou apologista de que nós é que decidimos o que nos pode acontecer no futuro. Por isso, infelizmente, não vivo tanto o presente. Estou sempre preocupada com o dia de amanhã que me esqueço, simplesmente, de viver o dia de hoje.

    Não suporto falsidade. Desinteresso-me, totalmente, por aqueles que mantém uma máscara para agradarem a todos. Admiro as pessoas que são verdadeiras, que não se fazem passar por alguém que não são. Também nutro alguma simpatia por aquelas que são frontais, que não têm medo de dizer o que pensam à frente das outras. Eu própria sou um pouco assim.

    Odeio superficialidades. Basicamente, não entendo a nossa sociedade. Tudo é artificial, baseado nas aparências. Como é que o que vestimos nos pode definir? Não podemos formular uma opinião sobre alguém, por aquilo que aparenta ser. Dou muito valor a pessoas inteligentes e que têm tema de conversa. Não suporto pessoas vazias, aborrecem-me.

    Não sou uma pessoa fácil. Não sou boa a fazer amizades, uma vez que sou muito tímida. Espero que as pessoas venham falar comigo, em vez de tomar a iniciativa. Gosto de discrição. Odeio quando sou o centro das atenções. Também não tenho uma ótima personalidade. Irrito-me com facilidade. Sou bastante nervosa. Tenho tendência a corar, quando fico com vergonha. Sou indecisa devido a ser insegura. Demoro horas a tomar uma decisão, pois tenho medo das consequências das minhas ações. A teimosia é um dos meus maiores defeitos. Quando afirmo que algo é de uma determinada maneira, é difícil convencerem-me do contrário.

    Sou ambiciosa. Considero-me lutadora, um pouco obsessiva, talvez. Quando quero algo, não desisto facilmente até o conseguir. No entanto, não tenho o hábito de fazer as coisas com antecedência, costumo levar tudo até às últimas. Considero-me uma pessoa alegre, adoro estar com um sorriso no rosto, embora seja muito pessimista. Gosto de fazer as pessoas rir. É habitual dizerem que tenho um riso engraçado. Contudo, não sei contar piadas. Sou extremamente irónica. Quase tudo o que digo não o quero dizer. Brinco muito. Mas também sou muito séria. Sei adequar a minha maneira de ser à situação.

    Sou humilde. Por isso mesmo, não gosto de pessoas convencidas. Irritam-me! Sei, contudo, o que valho. Considero-me uma pessoa fechada. Não falo muito. Deste modo, sou uma boa ouvinte. E uma boa conselheira. Para os outros, é claro! Quando se trata de me ajudar, nunca o sei fazer. Por vezes, prendo-me demasiado quer às pessoas quer a objetos. Mas não gosto de o demonstrar, tal como odeio mostrar o que sinto.

    A maioria das pessoas adora o meu cabelo. Acha-o engraçado por ser como é. Na realidade, é a minha melhor caraterística física. Gostava de ser mais alta. Odeio a minha relativamente baixa estatura.

    Sou humana. Também erro. Quem nunca errou? Já diz aquela expressão popular: “O que não nos mata faz-nos mais fortes.” Eu sei que errei. Sei que erro constantemente e que sempre vou errar. Mas posso, e devo, aprender com os meus erros. Só depois de ter caído, é que me posso levantar, mais forte, e mostrar que aprendi. No entanto, embora esteja disposta a errar para melhorar, custa-me a admitir os meus erros. Também não consigo facilmente pedir desculpa, sou demasiado orgulhosa.



Quero ser feliz


    QUERO SER feliz e fazer os outros felizes. Gostaria de ser útil e de poder ajudar todos aqueles que precisam. Quero ser mais do que uma simples pessoa no meio de tantas. Quero distinguir-me dos outros, pela positiva. Quero fazer a diferença.

    Gostava de poder viajar até África e ajudar, pelo menos, algumas crianças subnutridas ou que vivem em condições deploráveis. Conviver com elas, ensiná-las o que sei (que, por sinal, é muito pouco), dar-lhes comida, água, roupa para que pudessem ter uma vida digna. Gosto de dar, sem nada em troca receber. Sentir-me-ia realizada, feliz.

    Gostava de poder inventar algo que fizesse a diferença. Podia ser a cura para a SIDA ou uma máquina que acabasse de vez com a crueldade dos homens. Gostava de ser cientista, de poder descobrir novas coisas.

    Gostava de ser uma verdadeira Katniss Everdeen. Corajosa, destemida, decidida, disposta a dar a sua vida por aqueles que ama. Embora saiba que é uma personagem fictícia, admiro-a. Invejo a sua força de vontade e capacidade para agir da melhor maneira no momento certo.

    Quero por isso ser alguém que mereça ser lembrada. Alguém que mude o mundo. Mas não quero as luzes da ribalta. Não quero atenção desmesurada. Apenas quero ser um exemplo, pelo lado positivo. Quero que aqueles que são importantes para mim tenham um motivo de orgulho. Que sintam a minha falta, um dia que não esteja cá.



Pareço ser antissocial


    ANTISSOCIAL. Alguém que se isola da sociedade e se fecha no seu próprio mundo. Que não fala com ninguém. Que não tem amigos. Que se torna egocêntrica, desprezando todos os outros. Podendo ser, de certa forma, violenta, quer no falar, quer no agir. Quem não me conhece, julga-me, à primeira vista, como sendo assim. O que não é verdade.

    Lá por preferir ter um amigo verdadeiro a vinte falsos não significa que seja antissocial. O facto de preferir ficar em casa em vez de ir ao cinema com os colegas de turma não significa que seja antissocial. O facto de não conversar com toda a gente e me limitar a um número reduzido de pessoas não faz de mim antissocial. Querer passar despercebida não significa que seja antissocial. O problema das pessoas é que me julgam sem antes me conhecerem.

    À primeira vista, posso também ser considerada arrogante, só falo com quem se dirigir a mim e evito conversas. Mas, na realidade, sou bastante carinhosa e simpática, para as pessoas que conheço e gosto.

    Pessoas que agora me conhecem disseram que dantes pensavam que eu não falava. Que apenas me limitava a estudar e a estar sempre a ler. No entanto, a sua opinião sobre mim alterou-se porque descobriram como realmente sou. É verdade que adoro ler, principalmente romances acerca de histórias verídicas ou histórias românticas. Mas também gosto de conversar com os meus amigos, de estar com a minha família, de passear, …

    Também já me disseram que parece que tenho um coração de pedra. Mas não é verdade. Lá por não demonstrar o que sinto, não quer dizer que não tenha sentimentos. Também sou humana.

    Pareço ser calma e realmente sou. Deve ser a única caraterística minha que se consegue deduzir quando não me conhecem. Não sou, digamos, um livro que possa ser julgado pela capa.




sábado, 26 de outubro de 2013

Matrix e a Filosofia

O primeiro filme "Matrix" é bastante filosófico, tendo sido baseado na filosofia de Sócrates e de Platão. Vamos investigar mais sobre o filme. Aqui estão algumas perguntas e respostas sobre o mesmo (as perguntas foram dadas pela minha professora de Filosofia e depois em grupos tivemos que responder às mesmas e apresentar um trabalho à turma).



A - Seleciona os primeiros momentos do filme onde são abordados os problemas filosóficos enunciados.

1. O que é o conhecimento? Qual o valor dos conhecimentos que possuímos?

Desde o início do filme, Neo ambiciona saber o que é Matrix. O facto de descobrir que esta é pura ilusão, faz com que este “nasça” e comece a caminhar para a verdade. Assim, o conhecimento possuído por Neo influencia as suas atitudes e comportamentos. Isto também se comprova quando Neo vai visitar a Oráculo e esta lhe diz "Conhece-te a ti próprio", incitando-o a descobrir a realidade do seu ser.



2. O que é a realidade? Será que confundimos aparência com realidade?

Estas questões são abordadas por Morfeus, após o “nascimento de Neo”, quando ambos se encontram na ilusão criada por aqueles que acreditam na verdade. Neo questiona-se se aquilo tudo é real. Morfeus pergunta então: “O que é a realidade?”.




3. O que é o ser humano? Será que nos conhecemos verdadeiramente? Será que vivemos adormecidos julgando estar acordados?

Estes problemas são refletidos quando Morfeus e Neo se encontram na ilusão caminhando por entre as pessoas adormecidas. Morfeus reflete que estas nem sabem que se encontram desligadas da realidade, julgando que se encontram acordadas, “vivendo” na ilusão.



4. Porque valores devemos orientar a nossa vida? O que é a liberdade? São os seres humanos livres?

Estas perguntas são analisadas quando Neo e o Morfeus se encontram pela primeira vez. Morfeus explica-lhe que tudo aquilo que ele conhecia era apenas uma ilusão. Ele, assim como todos os outros adormecidos, são escravos, numa prisão que não se pode ver nem sentir, “uma prisão para a mente”. Faz-lhe, assim, uma proposta: continuar a viver na ilusão (Matrix), tomando o comprido azul, ou começar a caminhar para a verdade, tomando o comprido vermelho. Deste modo, está a conceder-lhe a liberdade de escolher entre continuar a ser um escravo não podendo agir por si próprio ou poder tomar as suas próprias decisões, ser livre.



5. Qual o sentido da existência?

Esta questão é colocada ao longo de todo o filme. Um dos principais momentos do filme em que se coloca a questão é quando Neo visita o Oráculo e o rapaz de trajes budistas, com a colher, lhe diz que em vez de tentar dobrar a colher ele deve tentar perceber a verdade: não existe nenhuma colher.



B - Justifica até que ponto são colocadas no filme "questões filosóficas", referindo as principais caraterísticas das mesmas.

No filme são colocadas questões filosóficas como, por exemplo, “O que é a realidade?”, “Será que vivemos adormecidos julgando estar acordados?”, “São os seres humanos livres?”, etc. Estas têm como função suscitar nos seres humanos a dúvida, inquirindo, deste modo, aquilo que os rodeia. Permite fazê-los enxergar a verdade e, posteriormente, “renascer” (maiêutica): sair do mundo ilusório (Matrix) e encarar a realidade, a verdade. Assim, a filosofia é responsável pela perceção da existência de um mundo real, e de que vivemos na ilusão, fazendo-nos refletir sobre o nosso dia-a-dia. Por isso, as questões colocadas ao longo do filme são caraterísticas de questionar aquilo que conhecemos: “Será que o que conhecemos é real?”. Todos podem ser filósofos questionando o mundo em que se encontram, uma vez que possuem o Logos (capacidade racional). No entanto nem todos o fazem por se encontrarem adormecidos.



C - Influenciado pela filosofia de Sócrates e de Platão, o filme passa uma mensagem final sobre a utilidade da filosofia. Refere-a e explica-a por palavras tuas.

A filosofia de Sócrates regia-se por duas fases: a ironia e a maiêutica. Relacionando estas duas fases com o filme, a ironia é caraterística da perceção, pela parte dos adormecidos, que vivem na ilusão, que não comandam a sua vida; a maiêutica corresponde ao “renascimento”, quando deixam a Matrix para encararem a realidade.

Platão falou sobre a Alegoria da Caverna. Esta baseia-se numa caverna escura, na qual moram muitos prisioneiros que aí nasceram mas que não sabem da existência de um mundo para além desse. Nessa caverna, entrava um pequeno feixe de luz formando sombras no seu interior, mas aqueles que aí viviam nunca se questionavam acerca disso. Um dia, um homem saiu da caverna, indo para o mundo exterior, ficando, no início cego pela luz, por não estar habituado à claridade. Tenta voltar para a caverna mas não consegue, pois não tem forças. No entanto, vai-se acostumando à luz e fica deslumbrado com o mundo, desejando, assim, não ter que voltar mais para a caverna. Todavia, volta para a caverna, mais tarde, para convencer os outros “adormecidos” a saírem também. Mas estes não acreditam nele e continuam adormecidos.

Podemos, então, estabelecer uma comparação entre a caverna e o Matrix, sendo ambos um mundo de ilusão, “uma prisão para a mente”, que não permite àqueles que aí “vivem” despertar e conhecer a realidade. Neo é aquele prisioneiro que se libertou e que quer fazer os outros acordar também, lutando contra a ilusão. A luz estabelece uma comparação com a realidade, a verdade.

Assim, no filme a filosofia tem um papel fundamental. Esta pode ser relacionada como uma procura pela verdade, ou seja, aqueles que vivem na ilusão vão ser alertados, pelos que já acordaram, da existência da ilusão em que vivem e que existe o mundo real para o qual, se quiserem podem ir, mas é preciso reconhecer que vivem na ilusão e começar a caminhar para a verdade, sabendo, no entanto, que este é um caminho muito difícil a percorrer, mas que compensará pois nele os seres humanos podem ser livres e comandar a sua própria vida.



domingo, 13 de outubro de 2013

Viver é aprender

Olá!
Este é o meu primeiro blog sobre poesia, filosofia e tudo o que se seja relacionado com o abstrato.
Vou tentar que todos os que o leiam encontrem o logos (capacidade racional que o ser humano possui, mas que não utiliza da melhor forma) que existe em cada um de nós.
Para já, fica uma pergunta: "O que é o Homem?"